7º FÓRUM LATINOAMERICANO DE CARBONO

Especialistas em financiamento global para o clima se reúnem no Rio de Janeiro para o Sétimo Fórum Latino-americano e do Caribe.

A maior conferência da América Latina e do Caribe sobre preços de carbono, novos mecanismos de mercado e desenvolvimento de baixa emissão.

Rio de Janeiro –O Sétimo Fórum Latino-americano e do Caribe (LACCF) será realizado nos dias 28 a 30 de agosto no Rio de Janeiro, Brasil.

Este evento é a principal conferência e feira de comércio sobre carbono, financiamento do clima na região. O evento atrai uma ampla diversidade de servidores de governos, especialistas em negócios, investidores internacionais e instituições financeiras para compartilhar experiências sobre o desenvolvimento de projetos e tecnologias de baixo carbono e para explorar oportunidades inovadoras de financiamento do clima.A participação no fórum é gratuita para todos participantes.

Além de fornecer uma plataforma para compartilhar conhecimento sobre inovações e tendências do clima, o LACCF provê oportunidade de networking entre representantes do governo, setor privado e instituições financeiras, sociedade civil, bancos de desenvolvimento nacionais e organizações internacionais.

Embora o foco seja a América Latina e o Caribe, o Fórum também irá discutir temas globais relacionados às políticas de clima e progressos no mercado.

Os temas abordados no 7° Fórum incluem:

  • Financiamento para o Clima: O Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund), investimento limpo e instrumentos financeiros(ações e garantias verdes) disponíveis na Região por meio de instituições financeiras para alavancar o financiamento do clima.
  • Novos mecanismos financeiros: Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas (NAMAs), REDD+ e novos mecanismos de Mercado (NMM)
  • Ações de clima nas cidades: uso de financiamento de carbono e do clima para o planejamento urbano. Inclui uma apresentação do Programa de Desenvolvimento de Baixo Carbono da cidade do Rio de Janeiro.
  • Desenvolvimento no mercado de carbono, seus impactos nos negócios de baixo carbono, preços do carbono e expectativas para o futuro.
  • Evolução dos esquemas nacionais e voluntários de comercialização das emissões de GEE, e surgimento dos mercados de carbono e fundos nacionais.
  • Revisão das melhores práticas e lições aprendidas de uma década de implementação de projetos de financiamento de carbono, uso do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), O Programa de Atividades (PoA) do MDL e o mercado de carbono voluntário.

Informações Gerais

O que: 7º Fórum sobre Carbono da América Latina e o Caribe

Onde: Windsor Barra Hotel, Rio de Janeiro

Quando: 28 a 30 de Agosto, 2013

Fonte: Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID

2013-08-27T11:37:45+00:0027 de agosto de 2013|

Investimentos em tecnologias verdes se recuperam em 2010

Os investimentos de capital de risco em empresas de tecnologias verdes cresceram 43% para US$ 2,02 bilhões no segundo trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado, estimam o Cleantech Group e a consultoria Deloitte em uma análise preliminar.
Durante o primeiro trimestre, os investimentos de capital de risco cresceram 65% em comparação com o mesmo período em 2009. Ao total, no primeiro semestre de 2010 US$ 4,04 bilhões circularam no setor.
O principal responsável por este salto foram as tecnologias solares com investimentos de US$ 811 milhões, ou 40% do total no segundo trimestre, seguidas pelos biocombustíveis (US$ 302 milhões) e redes inteligentes (US$ 256 milhões). A eficiência energética foi o setor mais popular em relação ao número de acordos fechados.
As atividades corporativas a cerca da inovação em tecnologias limpas continuam a ter um papel importante na manutenção dos níveis de investimento, o que fica evidente nos dez principais acordos fechados no semestre: Intel Capital, GE Capital, Shell, Votorantim (conglomerado brasileiro), Alstom e Cargill Ventures contribuíram para o crescimento segundo o relatório. Os papeis destas corporações variam entre investidoras, parceiras, clientes, compradoras ou competidoras.
“Este incremento foi causado pela busca das empresas por eficiência energética e redução das emissões de carbono visando cortar custos operacionais, mitigar o risco de volatilidade dos preços da energia, levar ao crescimento sustentável e cumprir regulamentações existentes e pendentes em torno do risco de exposição ao carbono e às mudanças climáticas”, explicou Scott Smith, sócio da Deloitte.
A pesquisa considera como mercado global a América do Norte, China, Índia, Israel e Europa.
Fonte: Carbono Brasil

2010-07-14T12:08:20+00:0014 de julho de 2010|

Estudo do Banco Mundial aponta que o Brasil cresce com menos carbono

O Estudo de Baixo Carbono para o Brasil, do Banco Mundial, revela que o Brasil poderia reduzir as suas emissões brutas de gases de efeito estufa em até 37% entre 2010 e 2030, mantendo os atuais objetivos de desenvolvimento programados pelo governo para o período e
sem efeitos negativos sobre crescimento e empregos. Isto equivaleria a
retirar de circulação por três anos todos os carros do mundo.
O estudo, lançado na quinta-feira (17), em Brasília, em seminário com a participação de diversos ministérios e centros de pesquisa, indica que o País possui muitas oportunidades em relação à mitigação e a remoção das emissões, principalmente nas áreas de mudança de uso do solo (como agricultura, e desmatamento), energia, transportes e manejo de resíduos.
Fonte: Ambiente Brasil

2010-06-18T11:09:05+00:0018 de junho de 2010|

Advogado Marcelo Buzaglo Dantas participa de seminário de Créditos de Carbono

Hoje (16.06) acontece o seminário de Créditos de Carbono – Inventário de Emissões e Validação dos Créditos aos Mercados de Carbono e sua Evolução – Oportunidades e Desafios para Santa Catarina, no IL Campanário Villagio Resort em Jurerê Internacional. O evento terá início às 9h e término 16h30. Na oportunidade serão discutidos temas relacionados ao meio ambiente, políticas corporativas de sustentabilidade e inventários de emissões, modelagens e projetos de sustentabilidade ambiental, mercados ambientais, status, oportunidades, como navegar entre eles e quais escolher para certificar e vender seus ativos, Copenhagen, expectativas, resultados, o futuro, como se preparar , experiências práticas – cases de sucesso de Santa Catarina e ainda uma mesa redonda, com painéis das empresas catarinenses que já estão inseridas no mercado de crédito de carbono.
A partir das 14h o advogado Marcelo Buzaglo Dantas participa de um debate – mesa redonda, com painéis das empresas catarinenses que já estão inseridas no mercado de crédito de carbono.

2010-06-16T16:24:12+00:0016 de junho de 2010|

Brasil fica para trás na corrida pela nova economia verde

Brasil fica para trás na corrida pela nova economia verde

Publicado em: 1 de Março de 2010

Na corrida global por desenvolvimento científico e ampliação de investimentos ligados à economia de baixo carbono, o Brasil começa a ficar para trás.
Enquanto potências como EUA e China investem centenas de bilhões de dólares na área, vista como a nova fronteira do desenvolvimento mundial, o Brasil nem sequer tem um modelo nacional, afirmam acadêmicos e ambientalistas. No setor privado, negócios verdes esbarram em gargalos como estrutura tributária inadequada, falta de marco regulatório e ausência de incentivo.

Nessa corrida, o país tem as vantagens da biodiversidade e de escolhas feitas no passado (como a aposta no álcool e na hidroeletricidade). No entanto, desperdiça o enorme potencial de fontes de energia, como solar, eólica e de biomassa, e avança lentamente em áreas-chave, como etanol celulósico, segundo especialistas.

Talvez esse conforto esteja trazendo uma reação de certa forma comodista, diferentemente dos países premidos por urgência de mudança energética, que estão fazendo esforços para diversificar suas fontes de energia e mudar padrões produtivos e de consumo”, afirma o economista Ricardo Abramovay, do Núcleo de Economia Socioambiental da USP.

Globalmente, uma fatia média de 16,4% dos pacotes de estímulo lançados no ano passado para mitigar os efeitos da crise econômica foi ‘verde’ (US$ 513 bilhões em 17 grandes economias), segundo o HSBC. A Bloomberg New Energy Finance estima que 16% desses fundos verdes sejam destinados a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas.

No Brasil, só R$ 1,5 bilhão, ou cerca de 5% do total de estímulos fiscais anticrise, focou o setor produtivo “limpo”, como o IPI reduzido para carros “flex”. E, segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente, feito em todas as pastas a pedido da Folha, em 2009 o governo gastou R$ 2,5 bilhões em ações verdes (R$ 380 milhões diretamente ligados à pesquisa, sem contar atividade espacial).

O montante, fatia de 0,36% do Orçamento executado (descontadas estatais e transferências), é considerado baixo e “questionável” por especialistas, por contar programas que não teriam relação com a área, como Luz para Todos (que leva energia a locais isolados) e Pronaf (de agricultura familiar).

Para o cientista político Sergio Abranches, o país continua sem uma “política integrada de sustentabilidade” e a Política Nacional de Mudança Climática –sancionada em dezembro, mas ainda sem regulamentação– não deverá mudar esse cenário, por se concentrar em combate a desmatamento e “um pouco em agricultura”.

A geógrafa da UFRJ Bertha Becker, especialista da questão amazônica, diz que “ainda não estão claramente definidos” o que são “desenvolvimento sustentável” e “economia verde”, mas que investimento em pesquisa e ciência “certamente ajudaria” o país a criar modelo de uso inteligente dos recursos.

“Se não investirmos em capacitação científica, para ficarmos na ponta do desenvolvimento de baixo carbono, vamos ficar para trás. No século 20, não fizemos, os asiáticos fizeram. Agora, está zerando de novo a capacidade produtiva. Quem investir mais se destacará”, afirma Abranches.

Etanol e solar

Justamente devido a baixos investimentos em pesquisa, o Brasil põe em risco sua liderança em etanol ante seu maior concorrente, os EUA, que investem mais para desenvolver o etanol celulósico (feito do bagaço de cana, por exemplo), o futuro dos biocombustíveis.

“Estamos engatinhando. O Brasil tem tido muito pouca atividade no campo da ciência, embora tenha desenvolvido na prática uma tecnologia bastante desenvolvida”, afirma o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, diretor do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais, em Campinas.

Apesar de a cana ser muito mais eficiente e “limpa” do que o milho desenvolvido nos Estados Unidos, caso a tecnologia da segunda geração seja desenvolvida lá, e não haja progressos aqui, os americanos tomariam a dianteira. No Brasil, investimentos públicos e privados em pesquisa de etanol somam R$ 150 milhões ao ano, segundo estima o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira); nos EUA, US$ 1 bilhão ao ano vai só para a pesquisa celulósica.

Um esforço de peso na corrida é o Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, inaugurado pelo presidente Lula em janeiro, com investimentos de R$ 69 milhões. Seus diretores pedem orçamento anual, ainda indefinido, de R$ 50 milhões.

Até 2020, a poluição relativa à energia no mínimo dobrará, estima o próprio governo. Fontes limpas complementares e eficiência energética poderiam atenuar os efeitos do aumento do consumo de energia, diz o físico da USP José Goldemberg.

“O governo está mesmerizado com o pré-sal, há um esforço grande na pesquisa em torno dele. Se você fica fascinado, presta menos atenção a alternativas, que podem até parecer mais caras, mas por isso estímulos poderiam resolver.”

A energia solar, por exemplo, segue vista como cara e sem escala. “É a visão de quem não conhece o setor. Indústrias chinesas já têm escala, porque começaram em 2002 com muito incentivo do governo”, diz Izete Zanesco, do Núcleo Tecnológico de Energia Solar da PUC-RS.

O grupo acabou de encerrar um projeto de tecnologia nacional, a custo mais baixo, para painéis solares e agora trabalha num modelo de negócios para atrair investidores. Entre 2005 e 2009, o projeto teve recursos de R$ 6 milhões –bem abaixo dos 11 milhões iniciais que o Instituto Fraunhofer de Energia Solar da Alemanha teve para projeto similar, diz Zanesco.

Fonte: Folha de S.Paulo

 

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Destaques

 

2019-07-17T16:07:24+00:001 de março de 2010|

Brasil fica para trás na corrida pela nova economia verde

Na corrida global por desenvolvimento científico e ampliação de investimentos ligados à economia de baixo carbono, o Brasil começa a ficar para trás.
Enquanto potências como EUA e China investem centenas de bilhões de dólares na área, vista como a nova fronteira do desenvolvimento mundial, o Brasil nem sequer tem um modelo nacional, afirmam acadêmicos e ambientalistas. No setor privado, negócios verdes esbarram em gargalos como estrutura tributária inadequada, falta de marco regulatório e ausência de incentivo.

Nessa corrida, o país tem as vantagens da biodiversidade e de escolhas feitas no passado (como a aposta no álcool e na hidroeletricidade). No entanto, desperdiça o enorme potencial de fontes de energia, como solar, eólica e de biomassa, e avança lentamente em áreas-chave, como etanol celulósico, segundo especialistas.

Talvez esse conforto esteja trazendo uma reação de certa forma comodista, diferentemente dos países premidos por urgência de mudança energética, que estão fazendo esforços para diversificar suas fontes de energia e mudar padrões produtivos e de consumo”, afirma o economista Ricardo Abramovay, do Núcleo de Economia Socioambiental da USP.

Globalmente, uma fatia média de 16,4% dos pacotes de estímulo lançados no ano passado para mitigar os efeitos da crise econômica foi ‘verde’ (US$ 513 bilhões em 17 grandes economias), segundo o HSBC. A Bloomberg New Energy Finance estima que 16% desses fundos verdes sejam destinados a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas.

No Brasil, só R$ 1,5 bilhão, ou cerca de 5% do total de estímulos fiscais anticrise, focou o setor produtivo “limpo”, como o IPI reduzido para carros “flex”. E, segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente, feito em todas as pastas a pedido da Folha, em 2009 o governo gastou R$ 2,5 bilhões em ações verdes (R$ 380 milhões diretamente ligados à pesquisa, sem contar atividade espacial).

O montante, fatia de 0,36% do Orçamento executado (descontadas estatais e transferências), é considerado baixo e “questionável” por especialistas, por contar programas que não teriam relação com a área, como Luz para Todos (que leva energia a locais isolados) e Pronaf (de agricultura familiar).

Para o cientista político Sergio Abranches, o país continua sem uma “política integrada de sustentabilidade” e a Política Nacional de Mudança Climática –sancionada em dezembro, mas ainda sem regulamentação– não deverá mudar esse cenário, por se concentrar em combate a desmatamento e “um pouco em agricultura”.

A geógrafa da UFRJ Bertha Becker, especialista da questão amazônica, diz que “ainda não estão claramente definidos” o que são “desenvolvimento sustentável” e “economia verde”, mas que investimento em pesquisa e ciência “certamente ajudaria” o país a criar modelo de uso inteligente dos recursos.

“Se não investirmos em capacitação científica, para ficarmos na ponta do desenvolvimento de baixo carbono, vamos ficar para trás. No século 20, não fizemos, os asiáticos fizeram. Agora, está zerando de novo a capacidade produtiva. Quem investir mais se destacará”, afirma Abranches.

Etanol e solar

Justamente devido a baixos investimentos em pesquisa, o Brasil põe em risco sua liderança em etanol ante seu maior concorrente, os EUA, que investem mais para desenvolver o etanol celulósico (feito do bagaço de cana, por exemplo), o futuro dos biocombustíveis.

“Estamos engatinhando. O Brasil tem tido muito pouca atividade no campo da ciência, embora tenha desenvolvido na prática uma tecnologia bastante desenvolvida”, afirma o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, diretor do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais, em Campinas.

Apesar de a cana ser muito mais eficiente e “limpa” do que o milho desenvolvido nos Estados Unidos, caso a tecnologia da segunda geração seja desenvolvida lá, e não haja progressos aqui, os americanos tomariam a dianteira. No Brasil, investimentos públicos e privados em pesquisa de etanol somam R$ 150 milhões ao ano, segundo estima o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira); nos EUA, US$ 1 bilhão ao ano vai só para a pesquisa celulósica.

Um esforço de peso na corrida é o Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, inaugurado pelo presidente Lula em janeiro, com investimentos de R$ 69 milhões. Seus diretores pedem orçamento anual, ainda indefinido, de R$ 50 milhões.

Até 2020, a poluição relativa à energia no mínimo dobrará, estima o próprio governo. Fontes limpas complementares e eficiência energética poderiam atenuar os efeitos do aumento do consumo de energia, diz o físico da USP José Goldemberg.

“O governo está mesmerizado com o pré-sal, há um esforço grande na pesquisa em torno dele. Se você fica fascinado, presta menos atenção a alternativas, que podem até parecer mais caras, mas por isso estímulos poderiam resolver.”

A energia solar, por exemplo, segue vista como cara e sem escala. “É a visão de quem não conhece o setor. Indústrias chinesas já têm escala, porque começaram em 2002 com muito incentivo do governo”, diz Izete Zanesco, do Núcleo Tecnológico de Energia Solar da PUC-RS.

O grupo acabou de encerrar um projeto de tecnologia nacional, a custo mais baixo, para painéis solares e agora trabalha num modelo de negócios para atrair investidores. Entre 2005 e 2009, o projeto teve recursos de R$ 6 milhões –bem abaixo dos 11 milhões iniciais que o Instituto Fraunhofer de Energia Solar da Alemanha teve para projeto similar, diz Zanesco.

Fonte: Folha de S.Paulo

2010-03-01T15:32:58+00:001 de março de 2010|
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