A questão ambiental sempre se apresentou como um entrave à indústria. É que a reação a séculos de degradação do meio ambiente acabaram levando a excessos por parte daqueles que pretendem limitar o exercício da atividade produtiva. É hora, pois, de se buscar um equilíbrio.

De fato, hoje ninguém desconhece a necessidade de que o desenvolvimento deva se dar de maneira sustentável, sem excessos que acabam prejudicando a própria imagem da empresa, além de lhes gerar prejuízos financeiros às vezes de elevada monta.

Do mesmo passo, é fato incontestável que a repressão excessiva, além de não trazer benefícios imediatos, acaba muitas vezes por desmoralizar a própria temática, pois pouca gente respeita o exagero.

Vive-se hoje uma nova era, em que iniciativas inteligentes de sustentabilidade empresarial tendem a não mais ser apenas uma ação de marketing institucional de uma ou outra indústria, mas podem gerar benefícios econômicos concretos. Basta se pensar na criação e manutenção de RPPNS, que, historicamente, resultavam apenas em singelas isenções tributárias e hoje permitem a emissão e consequente comercialização de Cotas de Reserva Ambiental – CRAs.

Da revolução industrial até os dias de hoje houve muitas mudanças. A indústria, de um modo geral, está comprometida com os valores da nossa era, especialmente, a sustentabilidade. Nos últimos tempos, boas ideias já vem se transformando em boas práticas. O desafio de ora em diante é transformar tudo isto em valor econômico, o que contribuirá para o fortalecimento do setor produtivo ao mesmo tempo em que propiciará preservação efetiva do meio ambiente.

Por: Marcelo Buzaglo Dantas